domingo, 31 de julho de 2011

NA TRILHA DE EROS E PSIQUÊ

... sê paciente, aguarde o momento adequado. As coisas giram. Chega o tempo, vem o conselho. Nem sempre é dia alto e nem sempre o masculino é mortal. Não se deve usar a violência. Chega a hora em que o sol se põe, a hora em que o calor não é tão forte e destruidor. Chega o entardecer e a noite, e o sol volta para casa, pois Hélio “viaja para as entranhas da sagrada noite escura, para junto de sua mãe, da esposa e dos muitos filhos, e então o princípio masculino se aproxima do feminino”. (p. 81).

Mas esse fracasso paradoxalmente feminino de Psiquê provoca a intervenção de Eros que, de jovem aventureiro e imaturo, torna-se um homem: o fugitivo ferido torna-se o salvador num outro nível. Nas leis que parecem formar a base deste mito, Psiquê, com seu fracasso, faz exatamente o que tinha de fazer, aquilo que estimula a primeira ação inteiramente máscula de Eros. Quando, na ocasião anterior, ela acendeu a luz do candeeiro correndo o risco de perder Eros, impulsionada por algo que lhe pareceu ser ódio, agora ela está disposta a “permanecer nas trevas” a fim de conquistá-lo, impulsionada por um motivo que lhe parece ser o amor; com essa situação em que, como uma nova Core-Perséfone, dorme novamente no caixão de cristal, Psiquê fornece ao amante a oportunidade de aparecer como seu salvador, como o seu herói.
Na medida em que Psiquê sacrifica o lado masculino - que, necessário como era - conduziria à separação, ela veio a ficar numa situação em que, justamente por seu desampara e pela sua necessidade de ser salva, libertou o encarcerado Eros. (p. 98 - 99).

domingo, 24 de julho de 2011

QUEM NÃO SOMOS?

Mauro S. da Rocha

E então, apagou-se a luz. E a mente foi bombardeada por imagens e questões, no mínimo, intrigantes. Numa mistura de ciência, imaginário, realidades paralelas e animações, mergulhamos nossos olhos e mentes, treinados e adaptados, rumo ao desconhecido mundo das possibilidades. Neste percurso, encontramos o tudo e o nada em constante interação e uma exaltação do “se”. Essa foi nossa impressão ao ver “Quem somos nós?”, filme de 2005 dirigido por Betsy Chasse, Mark Vicente e William Arntz.

OBRAS COMPLETAS...

Engraçado pensar que algumas pessoas se consideram junguianas mas ainda não sabem que foi relançada, pela Editora Vozes, a Obras Completas de Jung.

REPETIR... REPETIR... ACORDAR?

Não é curioso observar como algumas pessoas repetem algumas ações todos os dias de toda a vida?  Uma reprodução, muitas vezes impensada de formas de ser, de se movimentar pela vida. 

domingo, 17 de julho de 2011

UM POUCO SOBRE OUTRO MUNDO...



Em outros momentos foram colocados aqui alguns textos sobre História em Quadrinhos (HQs) com um olhar da psicologia, sobretudo junguiana. A fim de dar outras referências sobre o tema, além do olhar da psicologia analítica, que ofereça contato direto com esse mundo, oferecemos aqui três literaturas básicas para se ter um olhar psicológico sobre as HQs.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O mEu mundo é mEus

Como as pessoas estão se relacionando? O assunto é batido, mas nunca se esgota a discussão sobre o tema. Jung já dizia que quando falamos de relacionamento pressupõe-se uma consciência e esta é a consciência do Eu. Afinal, “para tornar-me consciente de mim mesmo, devo poder distinguir-me dos outros. Apenas onde existe essa distinção, pode aparecer um relacionamento” (O desenvolvimento da personalidade, § 326). E lembre-se, juntamente com essa consciência do Eu os fatores inconscientes estão em ação. Portanto, já visualiza-se a complexidade apresentada quando nos propomos  a  relacionarmos com o Outro.