Passamos um “feriadão”! Se pensarmos sobre o que foram essas datas em que demos uma parada no tempo, talvez, percebamos que foram momentos de morte e renovação. Pelo menos para nós aqui no Brasil. Primeiro, Tiradentes, preso, julgado, sentenciado, esquartejado, símbolo de um movimento e possíveis transformações. Continuamos as lembranças com Cristo, preso, julgado, sentenciado, cruxificado, símbolo de um movimento e possíveis transformações.
Caso não tenhamos passado por essa observação, podemos dizer apenas que foi um “feriadão” de muita comida e bebida, muita festa. O que também não é ruím, haja vista que as festas estão associadas à celebração de algo. E, neste caso, no mínimo o encontro com, e o fato de estar entre pessoas que possivelmente gostamos.
Mas a questão que queremos trazer aqui é outra. Dentro de todo este contexto de morte, símbolos que promovem movimento, ressurreição, celebrações... Como encaramos esses acontecimentos é o que aqui gostaríamos de propor como reflexão. Será que estas passagens e celebrações nos informam algo, nos colocam em situações paradigmáticas da vida, ou simplesmente passam despercebidas?
Cada um a seu modo, temos certeza disso, passaram por esse período de luto e festividade da sua maneira. E como é a sua maneira? Será que estamos reproduzindo essa mesma maneira de ser em outras situações, como se estivéssemos em um círculo vicioso no qual existe apenas uma forma de encarar as coisas... ou me movo refletindo sobre os movimentos existentes e vivencio da melhor maneira? Há uma melhor maneira?
Morte... Movimento... Aparentemente contraditórios, mas necessários à vida. Neste dois casos, que celebramos nestes últimos dias, foi justamente esse casal (morte e movimento) que geraram uma criança que levou a bandeira adiante. Esta criança, este terceiro, fez com que mais pessoas pudessem ter contato com algo vivo.
Não sabemos o que ocorreria caso esses eventos não tivessem ocorrido dessa forma. Nem tcabe questionarmos isso, ou sua realidade verdadeira. Afinal, um elemento vivo foi posto em movimento quando essas histórias se disseminaram pelo mundo e pela Terra Brasilis.
Todavia, cabe a nós observarmos esses movimentos pois eles agem sobre e sob a psique. Os processos de punir, de morte, de morrer internamente, de esquartejar conteúdos, de cruxificar símbolos, de ressuscitar questões, de organizar levantes e revoltas, de elaborar movimentos e conquistas, de celebrar. Por mais que não queiramos, ou finjamos não perceber, a psique se vê, se organiza e sente através desses movimentos, dessas imagens que nos tocam.
O que o Cristo e Tiradentes têm com os eventos psi? O que estes feriados têm com a psi? Que papel estas imagens exercem no aparelho psi? Pra que perguntar essas coisas?
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